Seis apenados do regime fechado começaram a trabalhar na confecção de luvas de couro, na Penitenciária Estadual de Canoas 1, numa carga de seis horas por dia. O processo de costura conta com seis máquinas que dão forma ao punho, os dedos e fazem os reforços da palma da mão.
Segundo o empresário Macarius Bascoini, serão três meses de experiência e treinamento. A ideia é que eles consigam produzir 40 pares por dia, 240 por semana, totalizando 960 pares ao mês. A ação faz parte do Protocolo de Ação Conjunta Excepcional com a empresa Cenci Uniformes Profissionais. Esta ação conta com a participação da Secretaria de Segurança de Canoas.
Remição
O contrato tem vigência de um ano, podendo ser renovado de acordo com o interesse das partes. Os detentos receberão cerca de R$ 660, o equivalente a 75% do salário mínimo nacional (R$ 880), além do direito à remição (a cada três dias de trabalho, diminui um da pena).
Para a diretora da Pecan 1, Emilinha Nazário, esta parceria foi possível em razão dos apenados concordarem em fazer o trabalho. Ela agradeceu o empenho dos participantes do projeto que “já no primeiro dia superaram as expectativas”.
A instrutora Silvania Lemes, integrante da empresa Cenci, diz que se surpreendeu com a agilidade dos participantes que costuraram de forma correta os trabalhos testes que foram destinados, e acredita que com certeza eles baterão a meta proposta. Para a adjunta da Secretaria de Segurança de Canoas, Tamires Biolo, a profissionalização tem que vir acompanhada da escolaridade, fato este já executado pela Pecan 1. “Esta penitenciária tomou a frente de tudo pois tem uma gestão compartilhada entre Susepe, SSP Canoas e empresariado”, disse.
Texto: Janice Sant’Anna e Neiva Motta/ Susepe
Edição: Léa Aragón/ Secom
Foto: Divulgação Susepe